Quanto Ganha Jogadora de Futebol Feminino na Europa/Estados Unidos?










Vamos abordar agora sobre os salários das jogadoras de futebol feminino na Europa e nos Estados Unidos, considerando a realidade do esporte nessas regiões.

É fato que essa modalidade ainda não é das mais populares no mundo, e globalmente o futebol feminino começou a ganhar destaque apenas recentemente.

No entanto, em alguns países (poucos), a situação é diferente.

Quanto Ganha Jogadora de Futebol Feminino na Europa/Estados Unidos?

Nos Estados Unidos, o futebol feminino é bastante divulgado e a Copa do Mundo se torna um evento nacional quando ocorre, sendo motivo de orgulho para o país.

Já a versão masculina, apesar de estar em crescimento, ainda não alcança a mesma popularidade de outros esportes como basquete, beisebol e futebol americano, por exemplo.

No cenário americano, o futebol é visto como um esporte de habilidade, mais associado ao feminino, enquanto esportes mais violentos têm preferência do público em geral.

Já na Europa, existem países onde o futebol feminino é tão valorizado quanto o masculino.

Com algumas das melhores jogadoras do mundo, que conseguem receber salários condizentes com seu talento.

Sobre os salários

Para ter uma ideia dos ganhos de uma atleta nessa modalidade, vamos analisar o caso de Marta.

Ela é uma das jogadoras mais renomadas do mundo, sendo considerada a melhor do mundo em seis ocasiões.

Apesar de sua fama, seu salário no Orlando Pride é de $400000 anuais, e sua fortuna estimada em $13 milhões.

Um valor considerável para a maioria das pessoas, mas inferior aos ganhos, por exemplo, de Neymar, que aos 31 anos acumula $855 milhões.

Embora casos como o de Marta não sejam tão comuns, suas companheiras de equipe que também se destacam no mercado recebem salários semelhantes.

Megan Rapinoe, que também foi considerada a melhor do mundo em uma ocasião, ganha cerca de $450000 por ano.

Ainda sendo atletas de alto nível, não necessariamente ganham fortunas nos Estados Unidos, onde o esporte é bastante popular.

Na Europa, a situação é semelhante e até pior em alguns casos. Em 2024, Leah Williamson, uma das principais jogadoras da Inglaterra, recebeu £ 200000, aproximadamente R$ 1.3 milhões.

Já Alexia Putellas, atual melhor jogadora do mundo e estrela do Barcelona, tem um salário anual de 150000 euros, cerca de R$800000.

Esses valores são comparáveis aos salários mensais de alguns dos principais jogadores do futebol masculino na série A do brasileirão.

E isso considerando que estamos falando de uma jogadora de alta categoria (imagina então as que não atingem esse nível).

Por que a diferença é tão grande?

Basicamente, o futebol feminino ainda não atrai tanto público.

Mesmo nos Estados Unidos, onde o esporte recebe atenção há anos, não tem uma base de fãs tão grande.

Os principais esportes no país são a NASCAR, a NFL, a NBA, a MLB e a NHL, eventos capazes de parar o país para acompanhar, em determinados momentos.

No futebol feminino, o interesse é maior em jogos da seleção americana, despertando o patriotismo e sendo mais valorizado pela população (algo que não acontece no Brasil).

Números podem ajudar a entender melhor a situação do futebol feminino.

De acordo com a BBC, o Manchester City obteve um lucro de R$3.6 bilhões na temporada 2024/2024, gastando R$2.27 bilhões em salários dos jogadores (cerca de R$ 75 milhões por jogador, em média).

Já na categoria feminina, o faturamento total foi de R$18.6 milhões, com gastos de R$ 21 milhões em salários (cerca de R$ 480 mil por atleta, em média, arredondando os números), resultando em um prejuízo de quase R$3 milhões.

Isso mostra que não basta apenas ter vontade, é preciso construir um esporte sustentável.

O Manchester City, tendo investidores árabes, pode lidar com esse prejuízo sem grandes problemas.

Mesmo na Europa e nos EUA, muitos clubes não contam com esse tipo de apoio financeiro e precisam equilibrar os gastos com os ganhos de seus times.

Caso contrário, veríamos um número crescente de times falidos, o que seria prejudicial para o esporte como um todo.

Qual a solução?

Em teoria, a solução para essa disparidade seria atrair mais público, mas esse não é um desafio simples.

Historicamente, os salários no futebol masculino eram bem menores em épocas passadas (com exceções, como a Lei do Passe).

Por exemplo, Pelé, considerado o maior jogador da história, deixou “apenas” 80 milhões de reais para seus herdeiros, um valor muito inferior ao ganho de Neymar.

É evidente que a questão dos salários não será resolvida rapidamente, mas sim através de um trabalho a longo prazo envolvendo clubes, federações e a gestão esportiva de forma geral.

Também é importante mencionar que grande parte dos recursos no futebol masculino vem dos direitos de transmissão.

Em certos campeonatos, a receita proveniente da TV corresponde a 85% do total, enquanto no futebol feminino as audiências não chegam perto, justificando essa assimetria.

É preciso ter em mente que essa situação demanda tempo para ser resolvida, até que o esporte se torne economicamente viável.

Assim concluímos nosso artigo sobre os salários das jogadoras de futebol feminino na Europa e nos Estados Unidos.